Tiago Loss

Como foi a sua carga horária de estudos nas duas séries iniciais do Ensino Médio? E na terceira série?

Durante os dois primeiros anos do Ensino Médio, meu estudo era sempre o “estudar para fazer a prova da semana”, ou seja, eu revisava o conteúdo do meu caderno no domingo anterior à semana da prova e, no dia da prova, ficava no colégio estudando o que eu considerava importante. Raramente fazia as tarefas de casa e acabava deixando tudo para a última hora. Entretanto, mesmo assim, eu acabava conseguindo passar sem recuperação, mas acabava tendo um desnível muito grande em relação ao conhecimento verdadeiro que tinha adquirido com as aulas, de modo que eu acabava apenas “aprendendo” o que eu gostava, como História ou Geografia.

Com a chegada do terceiro ano, essa minha maneira de estudar “pouco” acabou me prejudicando bastante, pois eu não tinha adquirido e nem guardado o conhecimento das matérias do começo do Ensino Médio. Então, tive que estudar muito para poder compensar o que eu tinha deixado passar das outras séries. Fiz turno integral e ficava estudando no Darwin de segunda a quinta até às 21 horas, fazendo exercícios, lendo conteúdo e tentando absorver o máximo possível. Já nas sextas-feiras, eu ficava até às 17 horas, e, mesmo com tudo isso, havia matérias atrasadas para o final de semana. Ou seja, tive que consertar o meu início de Ensino Médio com o terceiro ano e fiquei muito sobrecarregado.

Você reservava algum tempo para lazer?

Como eu fiz integral no terceiro ano, eu acabei ficando com um tempo muito pequeno para lazer durante a semana, então acabava me divertindo mesmo era com os amigos, tanto na sala de aula, quanto fora dela, nos intervalos. Os momentos de brincadeiras e de piadas foram extremamente importantes para quebrar o clima de “passar no vestibular” e para me ajudar a ficar focado. Tive que abandonar o basquete, que eu praticava desde pequeno, várias vezes na semana; e também tive que diminuir o ritmo da academia, que, durante os dois primeiros anos de Ensino Médio, era uma atividade que eu fazia quase mais do que ir às aulas. Mas, sempre guardei as sextas à noite e os sábados para sair com os amigos, ir a shows e aproveitar.

Você estudava nos finais de semana?

Sim, embora muitas pessoas não gostem, eu sempre aceitei a ideia de estudar nos fins de semana, pois há sempre mais tempo vago que pode ser preenchido com uma estudada rápida. Então, tanto nos primeiros anos, quanto no terceiro ano, eu sempre estudei nos fins de semana, principalmente na tarde de domingo.

Como e quando você fez a opção pelo curso que está frequentando?

Eu sempre fui apaixonado pelas ciências humanas, então era muito chegado às áreas de história e de filosofia. Isso, somado a uma facilidade na área de linguagens, acabou me colocando no caminho do Direito. Desde o final do ensino fundamental, eu já tinha me decidido e, quanto mais eu pesquisava, mais eu sabia que estava na área certa.

Em que época você estudou mais? Atualmente, na Universidade, ou quando cursava a 3ª série ou o P.V.?

Estudei muito mais durante o terceiro ano do Ensino Médio! A carga horária do curso de Direito da UFES é muito pequena em comparação ao quanto eu estudava diariamente durante a preparação para o ENEM. Tive que recuperar o que eu havia deixado passar nas primeiras séries do Ensino Médio na terceira série e aprender as matérias novas, por isso tive sempre que estudar além do tempo do horário da turma  integral e ficar todas as noites no Darwin. Atualmente, tendo aprendido a lição, consigo separar e organizar muito bem os meus estudos, o que faz com que acabe sobrando muito mais tempo para mim do que eu imaginava.

Se você cursava o Pré-Vestibular, o que faltou para ter conseguido a aprovação no(s) ano(s) anterior (es)?

Passei no terceiro ano do Ensino Médio.

A inclusão do ENEM substituindo a 1ª etapa do Vestibular da UFES foi boa ao seu entender?

Bem, essa é uma pergunta difícil de ser respondida, pois eu sempre fui muito bem em provas discursivas e tinha essa certeza como uma garantia da minha ida à UFES quando fizesse o vestibular. Mas, além disso, fiz a prova do ENEM desde o meu primeiro ano do Ensino Médio (2014) e acabava indo bem e gostando do estilo da prova, ou seja, eu já era acostumado com o ENEM. O estudo para as discursivas acaba sendo muito extenso e repetitivo, enquanto que, com o ENEM, há uma gama muito maior de conteúdos e de competências que você precisa ter como base, de modo que o estudar acaba sendo mais diversificado e, em minha opinião, mais interessante do que o antigo sistema. O maior problema foi a UFES ter anunciado a mudança do sistema de vestibular praticamente na metade do ano; e, por causa disso, acabamos estudando muito para as discursivas, e, de certa forma, tivemos um tempo “perdido”, que poderia ter sido usado para o foco em questões objetivas, pois o estudar para a prova do ENEM e o estudar para a discursiva da UFES são muito diferentes, então foi uma baita surpresa para nós, que estávamos sonhando em cursar a federal, pois tivemos que nos transformar completamente com o diferente enfoque.

Qual sua opinião sobre a Ufes fazer sua seleção por meio apenas do ENEM (SISU)?

Um ponto interessante é que, com a chegada do ENEM como método único de acesso aos cursos da faculdade, acabam chegando pessoas de outros estados do Brasil para preencherem as vagas da nossa faculdade federal. Uma parte dessas pessoas não viriam ao Espirito Santo fazer prova, caso fosse discursiva. E o maior problema com isso é que só temos uma faculdade federal no estado, ou seja, alguém que mora em um estado com 3 ou com 4 universidades públicas pode vir ao Espirito Santo e tomar a vaga de alguém que só possui em suas terras uma única universidade gratuita. Uma solução para isso talvez fosse adotar um método semelhante ao da UNB, que garante metade de suas vagas para o ENEM e a outra metade é preenchida a partir do vestibular próprio deles.

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