Karoline Vitali
Curso: Direito
Aprovação: UFES

Sempre gostei muito de estudar e prestava atenção nas aulas, o que fez com que eu desenvolvesse uma rotina de estudos. Além disso, com as provas semanais, que ocorriam na 1ª e na 2ª série do Ensino Médio, eu estudava, em média, duas horas por dia, e essa rotina de estudos foi sendo melhorada cada vez mais. Já na 3ª série do Ensino Médio, passei a estudar em média de quatro a cinco horas por dia, tendo em vista o extenso conteúdo das matérias, e o fato de que muitos assuntos dados em sala, eram para mim como uma revisão, pois já os tinha aprendido nas séries anteriores. Entretanto, no segundo semestre de 2010, essa carga horária diminuiu, pois descobri que estava com insuficiência renal crônica e precisei começar a fazer hemodiálise. Mas mesmo assim, não desisti. Estudar na UFES sempre foi meu sonho e Deus estava comigo, me dando força e paz para enfrentar toda aquela situação. Então, confiei nele, e claro, fiz a parte que cabia a mim: continuar estudando e dando o melhor que podia, para alcançar meu objetivo. Mesmo com anemia alta (o que me dava muito sono), e usando um catéter no pescoço (pelo qual eu fazia hemodiálise), raramente faltava as aulas. Fazia hemodiálise três vezes por semana e cada sessão durava quatro horas. Dessa forma, além de estudar nos outros dias da semana, eu estudava durante as sessões do tratamento. Nas sessões, meu estudo não rendia tanto quanto se eu estivesse numa biblioteca, ou em casa, mas fazia isso com o intuito de aproveitar ao máximo o tempo que dispunha para estudar.

Reservava alguns momentos para o lazer, pois isso me distraía, me divertia, e me esquecia, mesmo que por um momento, daquela pressão do vestibular. Além disso, o lazer é muito importante para que a mente não canse de ficar só estudando, estudando e estudando…

Nos finais de semana, eu ia à igreja, saía com meus amigos e com minha família, e descansava. Assim, procurava não estudar nesses dias, apenas ia às aulas que aconteciam no sábado pela manhã, e às vezes estudava, dependendo da quantidade de matéria que eu estivesse precisando de colocar em dia.

Em relação ao curso que escolhi, me interesso por Direito desde os meus 11 anos, mas fui ter certeza de que era isso o que queria fazer, aos 15, quando estava cursando a 2ª série do Ensino Médio. A minha decisão por ele foi, além de outros fatores, pelas profissões que a carreira do Direito nos permite exercer, as quais eu gosto muito. E hoje, no 2º período do curso, estou amando essa área. E não há nada melhor, na nossa vida profissional, do que exercer aquilo que gostamos.

Sem dúvidas, estou estudando muito mais agora, na Universidade, do que estudava quando cursei a 3ª série do Ensino Médio. Mesmo tendo apenas cinco matérias em cada período, elas possuem um conteúdo muito extenso, com muitos detalhes… São passados vários trabalhos e tenho que ler muito mais agora do que era necessário ler na 3ª série. Além disso, o que estudo na Universidade não é um conteúdo apenas para passar de período, mas um conteúdo que irei utilizar ao longo da minha vida profissional. Assim, tenho que estudá-lo com ainda mais responsabilidade, e aproveitar cada oportunidade de aprender. Hoje, graças a Deus, tenho uma vida normal, pois fiz transplante renal, e dentre tantas coisas boas, tenho mais tempo para estudar.

Em relação à inclusão do ENEM substituindo a 1ª etapa do Vestibular da UFES entendo que, mesmo o ENEM sendo uma prova muito cansativa, por ter 180 questões, em sua maioria com textos muito grandes, ela não valoriza a “decoreba” e sim a interpretação de textos e o aprendizado. Suas questões são contextualizadas, e em alguns casos, a resposta está no próprio enunciado da questão, o que é identificado na interpretação do texto presente nele

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