Alexandre Amaral Musso, estudou a 1ª e 2ª séries do Ensino Médio – Unidade de Vila Velha //   3ª série do Ensino Médio (2012) e Pré-Vestibular (2013-2014) Unidade Vitória.

Darwin: Como foi a sua carga horária de estudos nas duas séries iniciais do Ensino Médio? E na terceira série? Você reservava algum tempo para o lazer? Você estudava nos finais de semana?

Alexandre: Nas duas primeiras séries do Ensino Médio, eu não costumava ter um planejamento quanto aos meus horários de estudo. Como consigo absorver boa parte da matéria em sala de aula, deixava para revisar o conteúdo das provas regulares do ano letivo quando elas se aproximavam. Não me importava de estudar nos finais de semana, desde que não houvesse algum compromisso pré-agendado. Nesse tempo, reservava meus momentos de lazer para praticar um esporte ou para estudar música ou para sair com os amigos. No terceiro ano, já foi diferente, porque não se tratava mais de se preparar para fazer uma prova com pouco conteúdo, mas de um processo seletivo que abordaria todo o conteúdo aprendido nas séries do Ensino Médio. Por isso, eu tinha um cronograma mais disciplinado para os estudos, com aulas de manhã e no início da tarde (cursava integral) e estudos livres à noite até as 21h (nos dias de semana) e  por volta das 18h nos sábados. No domingo, eu descansava, recarregava as energias para uma nova semana de estudos. Não abria mão de me divertir com os meus amigos e de praticar alguma atividade física, o que me fazia muito bem. Eu sabia dosar o que era necessidade e o que era excesso, afinal eu tinha um objetivo maior a alcançar.

Darwin: Como e quando você fez a opção pelo curso que está frequentando?

Alexandre: Decidi optar pela Medicina no final do segundo ano do Ensino Médio. Já pensei em cursar Ciências Biológicas e até cheguei a pensar que Medicina não era uma opção, mas procurei saber mais sobre ambos e optei por Medicina, uma vez que me identifiquei mais com a profissão e pude perceber o quão amplo é o mercado de trabalho para os médicos.

Darwin: Em que época você estudou mais? Atualmente na Universidade ou quando cursava a 3ª série ou P.V.?

Alexandre: Há muitos que falam que estudar para o vestibular é tranquilo perto de estudar para uma prova na faculdade. Pensamento com o qual não compartilho, uma vez que a quantidade e a diversidade de conteúdos cobrados no vestibular são maiores do que os cobrados em uma única prova da faculdade,  a qual você faz e logo depois já começa a aprender coisas novas, ou seja, não precisa guardar plenamente aquele conhecimento para uma prova seletiva no final do ano. Sem contar com a pressão que o vestibular impõe sobre cada um de nós. Não se trata apenas de saber o conteúdo – você deve ser o melhor naquele conteúdo para ser selecionado – esse tipo de pressão não existe no ambiente acadêmico.

Darwin: Se você cursava o Pré-Vestibular, o que faltou para ter conseguido a aprovação no(s) ano(s) anterior (es)?

Alexandre: Bem, acredito que me faltava maturidade. Alcançar um objetivo não depende somente de querer e estar disposto a fazer o necessário, mas também de dominar a metodologia correta. No meu caso, meu terceiro ano foi uma época de aprendizado desse método, conjunto a uma constante imersão no “clima” do vestibular, o que me rendeu um conhecimento além do que os livros podiam me proporcionar. Não atingir o meu objetivo de primeira não me deixou abalado, mas motivado para um novo ano de trabalho e de aperfeiçoamento. Devido a diversos resultados positivos que alcancei durante o meu primeiro ano no Pré-Vestibular, pude alimentar em mim um sentimento de esperança e de dever cumprido. Eu estava totalmente preparado para o que estava por vir. O vestibular não é só questão de quem domina mais o conteúdo, e sim de quem domina melhor as questões de uma prova em específico. Décimos me distanciaram mais um ano do meu sonho. Um detalhe, um descuido, uma falta de atenção. Mais um ano de tentativa. O meu segundo ano de Pré-Vestibular foi o mais difícil para mim. Aceitar aquela situação foi difícil e demorado.  Nesse período, aprendi que a fortaleza de um homem não está destruída quando ele perde uma batalha, mas quando ele desiste. Então, o ano em que eu mais aprendi. Não sobre o Teorema de Pitágoras ou sobre a Segunda Guerra Mundial, foi sobre mim. Não passar no vestibular nos anos anteriores foi uma grande oportunidade para que eu aprendesse mais sobre quem eu realmente sou e até onde eu estaria disposto a lutar por um sonho. Por esse e outros motivos que, no momento que eu me dei conta, agradeci a Deus por aquilo ter acontecido na minha vida. Tive um ano longo, mas, de longe, o melhor ano da minha vida. Sou capaz de dizer que muito do que sou hoje devo ao ano de 2014. A minha maior vitória não veio no dia 28 de janeiro de 2015, quando saiu o resultado da UFES. A minha maior vitória veio no dia em que eu percebi o quanto eu cresci e o quanto eu aprendi nesses anos de batalha.

Darwin: A inclusão do Enem substituindo a 1ª etapa do Vestibular da UFES foi boa no seu entender?

Alexandre: Não tive a oportunidade de prestar o vestibular da UFES quando ainda existia a primeira fase própria, mas posso dizer que a prova do Enem, devido a sua metodologia de aplicação e de correção, é uma boa forma de selecionar os alunos permitidos a fazer a segunda fase do vestibular. No entanto, ao meu ver, seria mais justo que o Enem fosse somado a nota final do aluno, que hoje é refém de apenas 10 questões e de 3 redações, fato que favorece reprovações por pequenos detalhes e por desvios cometidos em uma única questão.

Darwin: Caso a Ufes opte por fazer sua seleção por meio apenas do Enem (SISU), qual sua opinião?

Alexandre: Acredito que tal medida favoreceria os demais alunos do Brasil na Ufes. Em tese, não é desfavorável, entretanto nosso estado só está munido de uma única Universidade Federal, portanto a abertura de vagas de uma forma mais conveniente para alunos de diversos cantos do país geraria uma dificuldade na oportunidade de um estudante do nosso estado, muitas vezes impossibilitado de morar fora, em ingressar na Universidade Federal.

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